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FLIM 2022: reconexão com a natureza e temática indígena marcam a maior edição do evento

Festival acontecerá entre os dias 15 e 18 de setembro no Parque Vicentina Aranha e contará com grandes nomes

como Davi Kopenawa, Lu Ain Zala, Leonardo Fróes, Maria Gadú, Arnaldo Antunes e Paulo Miklos

Um dos principais festivais do interior do estado de São Paulo, a FLIM - Festa Literomusical de São José dos Campos chega a sua oitava edição com o tema “Py – O lugar onde se pisa”. Em Guarani, a palavra “Py” é a mesma utilizada para designar “pé” e “o lugar onde se pisa”, o chão.

Por isso, nos dias 15, 16, 17 e 18 de setembro, a FLIM convida o público para pisar no chão do Parque Vicentina Aranha e celebrar o retorno de uma edição totalmente presencial, com uma programação repleta de atrações e com a presença de grandes nomes da música, da literatura e do ativismo socioambiental.

Reconexão com a terra e a regeneração do planeta

Com “Py – O lugar onde se pisa”, a FLIM propõe o fortalecimento de nossas raízes, a partir da reflexão de que precisamos retornar para casa, para quem verdadeiramente somos, nos reconectando com a terra e com a natureza, por meio da consciência socioambiental e da busca efetiva pela regeneração do planeta. Ao fincar os pés no chão, mantemos as florestas de pé.

E por qual motivo? São inúmeras as razões, especialmente porque nos distanciamos da Terra que nos abriga, acreditando ser possível viver de forma imparcial e independente. Entretanto, as crises ambientais, cada vez mais frequentes, nos alertam que isso não é possível. Somos um único organismo.

Por esta razão, a FLIM convida o público a refletir e repensar certas ações, como a redução do consumo de plástico, adotando iniciativas mais sustentáveis. Nesta edição, todas as bebidas disponíveis durante o evento serão em latas, incluindo a água, colocando também em pauta a questão da economia circular, por meio da participação de cooperativas de reciclagem.

Curadoria feminina e multicultural

A FLIM 2022 traz muito da força, da sensibilidade e da potência das mulheres, por meio da atuação de três profissionais que assinam em conjunto a curadoria desta edição.

A curadora geral é Carol Rodrigues, escritora de ficção, roteirista, professora e curadora de literatura. Seu primeiro livro, “Sem Vista Para o Mar”, ganhou dois prêmios como melhor livro de contos de 2014: o Prêmio Jabuti e o Fundação Biblioteca Nacional. Nasceu no Rio de Janeiro, cresceu em São José dos Campos e hoje vive em São Paulo.

Somam olhares e saberes, a curadora assistente Juliane Sousa, jornalista e coordenadora do projeto “Mulheres Negras na Biblioteca”, e a curadora convidada Trudruá Dorrico, pesquisadora indígena Macuxi, referência no mapeamento da literatura indígena contemporânea.

Juliane é quilombola de Bom Jesus dos Pretos/MA. Já viveu em São José dos Campos e, agora, traz para a festa os laços que já estabeleceu com o território. Acumula 20 anos de dedicação às pautas de meio ambiente.

Escritora e autora do livro “Eu Sou Macuxi e Outras Histórias”, Trudruá é doutora em Letras pela PUC/RS. Se destaca ainda por ser uma das fundadoras do projeto “Leia Mulheres Indígenas”, que difunde obras de mulheres originárias.

A maior de todas as edições

Ao longo de sete edições, a FLIM já envolveu 217 escritores convidados, entre nomes nacionais e internacionais, realizou 48 mesas literárias, promoveu 27 shows musicais com grandes nomes da Música Brasileira, realizou 232 ações na sua programação paralela entre oficinas, teatro, atrações infantis e de fomento à literatura, impactando mais de 150.000 pessoas.

Nesta que será a maior edição de todas, a FLIM chega repleta de novidades. A começar pelo período do evento, quatro dias intensos de programação. Outro destaque é que, pela primeira vez, o festival irá ultrapassar os espaços do Parque Vicentina Aranha e ocupar a rua, com o fechamento da Rua Engenheiro Prudente Meireles de Morais, entre as Avenidas Nove de Julho e São João, para uma programação especial no fim de semana dos dias 17 e 18.

Além disso, haverá um dia dedicado à participação de escolas de São José dos Campos e, em uma parceria com o Fundo Social de Solidariedade, o evento incentivará a doação, com a arrecadação de 1 kg de arroz, por meio de ingresso solidário.

Somando às novidades, também pela primeira vez, o festival reunirá convidados de diferentes regiões do Brasil, cada um trazendo consigo um “chão”. Gente vinda de Roraima, Rondônia, Maranhão, Piauí, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e outras localidades.

Destaques da programação

“Py – O lugar onde se pisa” convida personalidades da cultura e do ativismo para partilhar suas raízes em mesas literárias, grandes shows, lançamentos de livros, saraus, intervenções artísticas, exposições, feirinha de artes, programação infantojuvenil, socioambiental, entre outras diversas atividades.

Grandes nomes como Arnaldo Antunes, Maria Gadú, Serial Funkers – que convida Paulo Miklos, Davi Kopenawa, Pai Sidnei Nogueira, Pajé Vanda Domingos, Lu Ain Zala, Marcia Mura, Aretha Duarte, Kiusan Oliveira, Watatakalu Yawalapiti, Leonardo Fróes entre outros convidados irão somar e abrilhantar a programação.

Quem faz a FLIM 2022

A FLIM 2022 é uma realização do Ministério do Turismo e da Secretaria Especial da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, da Prefeitura de São José dos Campos e da AFAC – Organização Social de Cultura, e conta com o patrocínio da Ball Corporation, Poliedro Educação, Concessionária Tamoios, Latécoère do Brasil, Vale Sul Shopping, HUESKER Brasil, Unimed São José dos Campos, DM, IOV - Instituto de Oncologia do Vale, Oscar Calçados, EDP, Lovis - marca de óculos de sol, Art Rock e Loja Obra Fácil; parceria institucional da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, do SESC São José dos Campos, do Centro Ambiental e Artístico Cultural Edoardo Bonetti (Caeb) e da Academia Joseense de Letras; apoio do Nibs Juice Bar; e promoção do Jornal O Vale e da Rádio Jovem Pan.

FLIM no Parque Vicentina Aranha

A FLIM - Festa Literomusical de São José dos Campos é um evento anual realizado no Parque Vicentina Aranha. Inaugurado pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em 1924, como Sanatório Vicentina Aranha, foi um dos maiores centros para tratamento de tuberculose da América Latina. É tombado como patrimônio histórico pelo COMPHAC (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural do Município de São José dos Campos) e CONDEPHAAT?(Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).

Desde?2007, funciona como Parque Vicentina Aranha, de propriedade do Munícipio de São José dos Campos, estando sua gestão desde 2011 a cargo da AFAC- Organização Social de Cultura, a qual promove a recuperação das edificações com obras de manutenção e restauro, além de uma vasta e diversificada programação cultural e de qualidade de vida.

Data: 01/09/2022

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